Pílula anticoncepcional: quais são os riscos
Mulheres com mais de 40 anos
Neste caso, a Organização Mundial de Saúde declara que os benefícios são maiores que os riscos e que, geralmente, a pílula pode ser usada. Apesar disso, os riscos de doenças cardiovasculares existem e são comprovados.
Mulheres amamentando
Segundo a OMS, até 6 semanas após o parto a mulher não deve tomar pílula anticoncepcional. De 6 semanas a 6 meses após o nascimento, o uso também deve ser criterioso pois os riscos continuam maiores que os benefícios. O motivo da preocupação está na ação dos hormônios sobre o volume de leite materno e na ausência de estudos que comprovem que a exposição do bebê ao hormônio estrogênio que estará no leite não é perigoso para sua saúde.
Mulheres em período pós-parto
Até 21 dias após o parto, a mulher tem risco aumentado para tromboses e, por isso, a recomendação é que o uso da pílula seja criterioso. Casos em que existam outros fatores de risco, como imobilismo ou tabagismo, a pílula não deve ser tomada. Dos 21 aos 42 dias também existem riscos, mas eles só são maiores que os benefícios caso existam outros fatores que predispõem a formação de trombos.
Mulheres fumantes
Entre as tabagistas, mulheres com mais de 35 anos e que fumam mais de 15 cigarros por dia são as com maiores chances de trombose. Para elas, a OMS recomenda que a pílula anticoncepcional não seja tomada. Mas aquelas com menos idade e que fumam menor número de cigarros por dia também tem riscos. O infarto é a consequência da trombose que mais causa mortes nesses casos.
Mulheres com obesidade
Existe risco de formação de trombos, infarto e tendência a ganhar mais peso entre as mulheres obesas que tomam pílula, mas o perigo é menor que o benefício.
Mulheres com hipertensão
Caso a pressão arterial seja maior ou igual a 16/10, o uso de anticoncepcional é contraindicado. Se for menor, os riscos são maiores que os benefícios, converse com o médico.
Mulheres com histórico de trombose
Nesse caso, a OMS contraindica o uso de pílula anticoncepcional combinada. Esse grupo inclui mulheres que tiveram AVC, infarto ou trombose venosa profunda. Varizes e flebites superficiais não preenchem esse critério.
Mulheres com doenças cardíacas
Estenose ou insuficiência das válvulas cardíacas acompanhadas de complicações como hipertensão pulmonar e endocardite impedem o uso de pílulas.
Mulheres com Lúpus
Pessoas com os anticorpos responsáveis pelo Lúpus Eritematoso Sistêmico ativo têm maior risco de formação de trombos na corrente sanguínea, por isso, a pílula anticoncepcional é contraindicada.
Mulheres com enxaqueca
A chamada enxaqueca com aura, que inclui sintomas visuais e sensitivos, aumenta consideravelmente o risco de AVC em mulheres que tomam pílula.
Mulheres com sangramento vaginal inexplicado
Pode haver uma causa, ainda oculta, que impeça o uso da pílula. Vá ao médico e, uma vez descoberta a doença, será decidido se o anticoncepcional continua ou não.
Mulheres com diabetes
Caso a doença esteja presente há mais de 20 anos ou associada a complicações como retinopatia, nefropatia ou neuropatia, é preciso ir ao médico para saber qual a severidade do diabetes. Em casos graves, a pílula pode dificultar o controle da glicemia.
Mulheres com doença do fígado
Nos casos severos, a pílula pode piorar o problema. Consulte o médico para avaliar qual o estágio da doença e conversar sobre qual a possibilidade de usar pílulas.
Mulheres em terapia antirretroviral
Alguns medicamentos interagem com a pílula anticoncepcional e ambos acabam tendo a eficácia comprometida, são eles: inibidores da transcriptase reversa não nucleotídeos e inibidores de protease ritonavir.
Mulheres que tomam anticonvulsivantes
A mesma interação pode acontecer entre o anticoncepcional e os remédios fenitoína, carbamazepina, barbitúricos, primidona, topiramato, oxcarbazepina e lamotrigina.
Mulheres tomando antibiótico
A grande maioria dos antibióticos não altera a eficiência da pílula anticoncepcional. Há evidências apenas que a rifampicine e a rifabutina podem sofrer essa influência.
Mulheres com câncer de mama
Esse tipo de tumor é sensível ao hormônio presente na pílula, portanto, o uso deve ser suspenso.
Fonte: World Health Organization. Medical elegibility criteria for contraceptive use, fourth edition. 2010.
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